Entre caixas coloridas, minha infância se passava. Lembro-me da euforia que sentia em ver uma nova imagem se formando diante dos meus olhos. A vontade de ver tudo montado era tamanha que quaisquer peças se encaixavam, ainda que não pertencesse uma a outra. Às vezes, alguns de seus encaixes se rasgavam ou deformavam, resultando em uma imagem irregular. Algumas peças se perdiam por algum canto da casa... outras, provenientes de um outro brinquedo similar, se misturavam as demais.
Minha fascinação por montagens permanece até hoje, só que de forma distinta do passado. Gosto de olhar cada peça, uma a uma - por segundos, minutos ou até mesmo horas - antes de decidir em que lugar ou conjunto de peças cada uma será inserida. Com muita paciência, torno a observar cada conjunto de peças... suas cores, formas, relevos... cuidadosamente começo a uni-las... cada qual com seu encaixe perfeito, cada uma com o seu encanto.
Já não importa quanto tempo levará para a “obra” ficar concluída. Cada peça colocada é única e importante, merecendo ser empregada de forma correta e minuciosa para que sua beleza original se conserve.
Minha fascinação por montagens permanece até hoje, só que de forma distinta do passado. Gosto de olhar cada peça, uma a uma - por segundos, minutos ou até mesmo horas - antes de decidir em que lugar ou conjunto de peças cada uma será inserida. Com muita paciência, torno a observar cada conjunto de peças... suas cores, formas, relevos... cuidadosamente começo a uni-las... cada qual com seu encaixe perfeito, cada uma com o seu encanto.
Já não importa quanto tempo levará para a “obra” ficar concluída. Cada peça colocada é única e importante, merecendo ser empregada de forma correta e minuciosa para que sua beleza original se conserve.
Gosto de pensar que, em minhas construções, haverá um dia em que só restará uma peça em minhas mãos: aquela que se encaixará perfeitamente em cada uma das vertentes daquele pequeno espaço ainda não preenchido.
